segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Você sabia que as baratas têm perfumes?

              
                Está duvidando? Pois é verdade. Elas, que quando aparecem costumam causar rebuliço e náuseas, têm perfumes irresistível para ... outras baratas, claro! Os machos da espécie Leucophaea maderae, por exemplo, usam seu perfume para atrair e conquistar as fêmeas.
                O cheiro especial sai de suas costas, debaixo das asas. Aí, é amor à primeira cafungada!
                A dona barata, como outros insetos, percebe odores (e também sabores) por meio de suas antenas. Então, atraída pelo cheiro do macho, ela chega bem perto dele, o toca com suas antenas e sente outros aromas que revestem o corpo conquistador. Dessa maneira, a fêmea confere se o candidato a namorado, de fato, lhe interessa.
                Nesse momento, o macho, que não quer se arriscar a ver dona barata indo embora, utiliza outra estratégia de conquista: levanta bem as suas asas, deixando-as quase na vertical, e dali sai um alimento rico em proteínas que ele mesmo produz, por meio de glândulas, e oferece à fêmea. Mas para experimentar essa iguaria, que para as baratas deve ser uma delícia, a fêmea precisa subir nas costas do macho. E, com ela distraída se alimentando, o macho aproveita para introduzir seu órgão reprodutor, que fica no final do abdômen, e acasalar.
                Mas as baratas fêmeas não acasalam com qualquer macho que aparece. Pelos odores que eles exalam, elas identificam aqueles considerados dominantes, aqueles, digamos, bons de briga, que saem vencedores de combates com outros machos. Esses são os preferidos, tendo a preferência de oito entre dez baratas fêmeas, porque exalam até vinte vezes mais perfume que os dominados, ou seja, os vencidos em combate.
                Os odores que as baratas exalam para atrair o sexo oposto são chamados feromônios e são produzidos por muitos outros animais também. Mas cada espécie tem lá sua arte de conquista e a da barata, cá para nós, é curiosa, não?
Ciências Hoje das Crianças/ Out 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário